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O olhar estrangeiro

‘O sal da terra’, filme que mostra a trajetória de Sebastião Salgado, chega este mês aos cinemas.


Assim como em nossas vidas, as perspectivas adotadas de fora de nosso campo de observação são, em sua maioria, as que nos trazem as mais pontuais e peculiares informações sobre o que nos é familiar.

Foto da Série 'Trabalhadores'
Sebastião Salgado nos é familiar. Mas nos é sob a perspectiva de, além de ser um fotografo, ser também um brasileiro e, infelizmente e em muitos casos, com muitos artistas, paramos por aí.


Juliano Salgado e Win Wender foram além e juntos realizaram o documentário"O sal da terra".

Win Wenders, diretor de cinema alemão, já conhecido pelo premiado documentário Buena Vista Social Club, de 1998, trouxe sua experiência para somar ao olhar apurado e terno do filho do fotografo. Juliano Salgado ofereceu ao pai uma alusão da obra que admira o seu  criador.

Juliano Salgado, Sebastião Salgado e Win Wenders

No trabalho dos dois cineastas, podemos tomar conhecimento da extensão humana da obra de Salgado. Seu envolvimento com as pessoas, as paisagens e a fauna fotografada nos mostra coloca em contato mais do que com o trabalho do fotografo. Para mim, os fotógrafos sempre foram, de certa forma, detentores do espelho do mundo, mas Salgado não se limita a registrar, o que ele faz é envolver, a si e a nós.

É possível reconhecer mais do que as já famosas fotografias na película. O trabalho de Win e Juliano envolve as imagens famosas em relatos do próprio fotografo e suas impressões sobre o mundo.

"Era como seu eu tivesse vendo toda a história da humanidade, a construção das pirâmides no Egito. Não se ouvia o barulho de uma única máquina”, assim Salgado descreve em francês uma de suas fotos que retrata a extração de ouro em Serra Pelada, na década de 80.


As fortes imagens, que de certa forma funcionam também como personagens na trajetória de Salgado, nos impacta pela beleza e pela sensibilidade. Ao retratar a fome e a morte o fotografo definhou e assim como a terra morta que encontrou ao voltar para o Brasil, Salgado nasceu novamente. Apurou o seu olhar e voltou-se para o mundo para registrar as paisagens quase intocadas em seu trabalho 'Gênesis'.

Assim, com o documentário Salgado ganhou um relato poético, emocionante e metalingüístico de sua obra. O documentário nos coloca em contato com o trabalho imponente do artista que tem como pano de fundo a narrativa de sua trajetória, em que o fotografo apresenta uma forma mais humana e honesta de lidar com as pessoas e o meio ambiente.


Recomendado aos amantes de fotografia.


O tesouro de Lúcia


Glauber não morreu. Glauber sublimou.




Se ainda  materialmente  entre  nós, o  baiano  de  Vitória  da  Conquista,  primogênito de Lúcia e Adamastor, estaria completando neste  mês 76  anos. Por  infortúnio  do destino,  o pai do Cinema Novo  teve  uma vida  abreviada, mas deixou  uma  porta  aberta. 



| Glauber tinha paixão pelo cinema.

Tão grande que desejava transformá-lo, reinventá-lo.

Extrair dele mais do que era oferecido ao meio dia do século XX  |



Lúcia Mendes de Andrade Rocha alfabetizou Glauber de Andrade Rocha em casa.  Nascido em 14 de março de 1939, aos cinco anos o primeiro filho de Adamastor Bráulio Silva Rocha já sabia ler e, alguns anos mais tarde, dedicava sua disposição a escritores como Jorge Amado, Euclides da Cunha, Guimarães Rosa, James Joyce, Willian Faulkner, Friedrich Nietzsche e Arthur Schopenhauer. 


Glauber aos 10 anos encenando 'El Hilito de Oro'
Aos 10 anos escreveu em espanhol sua primeira peça de teatro, 'El Hilito de Oro', que foi encenada no Internato do Colégio Presbiteriano Dois de Julho, onde estudava. Na ocasião, o menino Glauber protagonizou a peça no papel do príncipe espanhol. Três anos mais tarde participava como crítico de cinema no programa de rádio 'Cinema em Close-Up'.





Um baiano arretado e precoce. Ao longo de seus 20 anos de carreira, Glauber dirigiu, atuou, roteirizou, pensou e causou no cinema. O preço a ser pago por todos os valores que imputava à sétima arte, que ele queria ver emergir, foi caro e ele pagou.




Com peças de sua obra premiadas em Cannes nas décadas de 60 e 70, Glauber é um fenômeno único do cinema brasileiro. Apaixonado e leitor juvenil de grandes clássicos da literatura mundial, o cineasta trouxe para a sétima arte brasileira a grandeza narrativa sob um olhar poético, livre, articulado e revolucionário sobre o cotidiano.  Dessa forma, ofereceu ao público as personagens tipicamente brasileiras elevadas a protagonistas de sua obra.

Glauber inovou com uma estética cinematográfica fora dos padrões de Hollywood, e fez sua obra a partir do experimentalismo. Nascia o Cinema Novo. Em razão da sua  escolha, até hoje tenta ser desvendado pelos críticos e amantes de cinema. A porta que deixou aberta é a atemporalidade de sua obra. Em 1965, escreveu sua carta manifesto 'A Estética da Fome' em que defendia um modo revolucionário de fazer cinema, tanto no conteúdo, quanto na forma; um contraponto com o Cinema Industrial , cujo compromisso, para Glauber, era com a mentira e com a exploração.

Carreira

Iniciou sua carreira com o curta concretista 'O Pátio' (1959) e em seguida, no mesmo ano, filmou o também curta, este inacabado, 'Cruz na Praça'. Sua experiência com longas metragens começa no início da década de 60, com Barravento (1961). Após este longa, o cineasta dedica-se à 'Deus e o Diabo na Terra do Sol' (1964).



Nesta obra, traçou o drama de um sertanejo que, vítima de uma injustiça, se rebela e mata o coronel. 

Deus e o Diabo na Terra do Sol



Numa estética com alusão western, personagens movidas pela vingança, o brasileiro é retratado por Glauber de forma complexa e desmistificada. E assim segue com 'Terra em Transe' (1967) e 'O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro' (1969).

Reconhecido internacionalmente e exilado do país durante a Ditadura Militar em 1971, passou pouco mais de 5 anos anos rodando pelo mundo, sustentando, com uma esperança dolorosa, o desejo de voltar para casa. Assim como muitos, Glauber se lançou a contragosto no mundo  e, durante o exílio, o baiano passou por Cuba, França, Itália, Moscou, e Egito, voltando ao Brasil em 1976, quando filmou o enterro de Di Cavalcanti.

A ação teria sido um acerto de conta entre os artistas. O que morresse primeiro receberia uma festa de despedida. Di recebeu um carnaval com parangolés. O filme, resultado deste acerto de contas, premiado em Cannes em 1977, foi proibido pela família de Di.

Em 1981  viaja para Paris e em seguida para Lisboa. De lá, retorna já doente para ao Brasil. Faleceu em 22 de agosto de 1981 em decorrência de complicações bronco pulmonares. Seu velório tinha como cenário o Parque da Lage, no Rio de Janeiro, onde havia filmado 'Terra em Transe'. O enterro foi registrado em detalhes por Silvio Tendler que, por ironia do destino, também foi censurado pela família do falecido.

Após a morte de Glauber, a mãe,  Lucia Rocha, recolheu os pertences do cineasta e enfrentou o luto montando um templo para o filho. Reuniu seu legado e fez dele um tesouro. Depois de anos de trabalho, em 1987, Lucia fundou o Tempo Glauber, no Rio de Janeiro.

Lucia Rocha no Tempo Glauber - RJ

Em 2014, aos 95 anos, Lucia também sublimou.

O acervo do centro, além dos filmes, contava também com fotos, desenhos, documentos e cartas do cineasta. Em virtude de uma crise financeira, que começou em 2010, os 22 filmes, já restaurados, foram transferidos para a Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Já os desenhos, mais de 400, estão sob os cuidados do Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro.

A filha primogênita do cineasta, Paloma Rocha, ainda procura auxílio financeiro para manter parte do acervo que está sob seus cuidados.

Ao longo sua vida, Glauber casou-se três vezes e teve seis filhos.





FILMOGRAFIA 

Pátio, curta-metragem. p&b. 1959
Cruz na Praça, curta-metragem. p&;b. 1959
Barravento, longa-metragem. p&b 1961
Deus e o Diabo na Terra do Sol. p&b. 1964
Amazonas Amazonas, curta-metragem. cor. 1966
Maranhão 66. Curta-metragem. p&b. 1966
Terra em Transe, longa-metragem. p&b. 1967
1968. média-metragem. p&b. 1968
O Dragão da maldade Contra o Santo Guerreiro, longa-metragem. cor. 1969
O Leão de Sete Cabeças (Der Leone Have Sept Cabeças), longa-metragem, cor. 1970
Cabeças Cortadas (Cabezas Cortadas), longa-metragem, cor. 1970
Câncer, média-metragem. p&b. 1972
História do Brasil, longa-metragem, p&b. 1974
As Armas e o Povo, média-metragem, p&b. 1975
Claro, longa-metragem, cor. 1975
DI, curta-metragem. cor. 1977
Jorjamado no Cinema, média-metrage. Cor. 1977
A Idade da Terra, longa-metragem, cor. 1981 

BIBLIOGRAFIA

Revolução do Cinema Novo. Alhambra/Embrafilme. Rio de Janeiro.1981.
O século do Cinema. Alhambra. Rio de Janeiro. 1985.
Roteiros do Terceyro Mundo. Org. Orlando Senna. Embrafilme e Alhambra. Rio de Janeiro. 1985.
Revisão Crítica do Cinema Brasileiro. Ed. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro. 1963 
Riverão Sussuarana (romance). Ed. Record. Rio de Janeiro. 1978
Cartas ao Mundo. Glauber Rocha. Organização e apresentação: Ivana Bentes. Companhia das Letras. 1997.





Por que Gisele Bündchen ganha mais que o Sean O’Pry?


Por Ella Oliveira e Thiago Alves (Postado originalmente no Navy Blue Closet)





Nas últimas semanas um dos assuntos mais comentados é a diferença entre os cachês da modelo Gisele Bündchen e o americano Sean O’Pry, ambos considerados pela revista Forbes, os modelos mais bem pagos do mundo. De acordo com a publicação, enquanto a top ganha aproximadamente R$ 42 milhões ao ano, O’Pry recebe no mesmo período algo em torno de R$ 600 mil a R$ 1,5 milhão. Na última temporada de moda de São Paulo, a Colcci, famosa por seu “rico” casting, trouxe para a passarela os dois modelos.

Modelos femininas ganhando mais do que modelos masculinos. Uma inversão de papéis numa sociedade em que um homem sempre ganhou mais? Não. Apenas um reflexo do mesmo processo que faz com que historicamente mulheres em sua maioria ganhem menos do que os homens.

O papel da mulher sempre esteve subordinado ao papel do homem. Ao homem cabia prover o sustento da família num ambiente doméstico e tomar as decisões políticas, econômicas e culturais na sociedade machista. À mulher, coube, em seu papel subordinado, prover a criação dos filhos e ser um artefato para que os homens pudessem desempenhar seu papel. As mulheres, tratadas pelos homens como propriedades, deveriam servir, além de tudo, como um objeto de exibição dos homens. Mulheres bem vestidas, bonitas e saudáveis para gerar filhos eram tidas como um fator de sucesso na vida de um homem e corroborava o êxito masculino frente à sociedade.

Praticamente em todos os períodos da história, a vestimenta feminina refletia as posses de seu marido. Acostumado ao estilo mais funcional, a ornamentação feminina transmitia à sociedade os bens do homem.

Às mulheres foram atribuídas as características de fragilidade e necessidade de um homem que pudesse protegê-las e sustentá-las. Estar apresentável era um meio para conseguir um marido e poder agradá-lo. A moda, assim como a necessidade de seguir uma etiqueta, dever obediência aos homens, saber cuidar de uma casa e poder gerenciar a educação dos filhos, estava então ligados ao esforço feminino para atender as necessidades dos homens.

A moda feminina então se desenvolveu mais do que a moda masculina, pois as vestimentas masculinas eram funcionais enquanto as femininas chegavam a, de certa forma, causar problemas de saúde. A busca pela vestimenta perfeita causava, por exemplo, hemorragias internas, no caso de uso de espartilhos e desmaios em praça pública, quando vestidos pesados ‘lindíssimos’ eram usados em pleno verão, num esforço físico cruel[1]. Os homens por sua vez poderiam usar um terno funcional para ir a um casamento, um enterro, um jantar ou uma reunião de negócios. As mulheres, no entanto, precisavam apresentar um guarda-roupa mais versátil para, lindas e bem vestidas, ser exibidas como troféus em qualquer ocasião. Uma sociedade machista de fato.




As primeiras publicações de moda feminina, entre elas a inglesa Lady´s Magazine, de 1770, e a alemã Journal des Luxus und der moden, de 1786[2], foram feitas por editores homens. As mulheres, portanto, não tinham nem espaço para ser responsáveis pela distribuição de informação sobre o seu universo. Aliás, elas não tinham espaço para se expressar livremente nem dentro do ambiente doméstico, quanto mais fora.

Ao longo dos anos, o requinte da moda feminina inclusive era usado como uma maquiagem para toda opressão sofrida pelas mulheres[3]. Roupas delicadas e elegantes esconderiam o papel subordinado da mulher e a pressão machista à qual estavam (ainda não estão?) submetidas.

A condição inferior da mulher na sociedade machista se traduziu na não valorização de sua força de trabalho. A diferença de salários pode ser percebida durante a Revolução Industrial na Inglaterra, entre os meados dos séculos XVIII e XIX. Na ocasião as mulheres, e, infelizmente, as crianças, eram as funcionárias preferidas pelas grandes fábricas pela possibilidade de pagar salários baixos. Enquanto isso, a moda feminina continuava em alta, ditando as regras de vestimenta.

Com o fortalecimento do sistema capitalista e a reafirmação das relações de consumo, a moda feminina, mesmo passando por períodos difíceis, sempre se enquadrou nos critérios históricos, como no período da indumentária prática na virada do século XX[4].

Com tamanha expressivamente, variedade e necessidade de ornamentar a mulher para a vida em sociedade, obviamente a moda feminina vai fazer circular mais capital do que a moda masculina. Dessa forma, a diferença de salário pago à Gisele Bündchen e Sean O´Pry é compreensível. Isso não significa que as roupas que compõem a coleção masculina serão mais baratas que as femininas. Significa apenas que o volume de vendas de roupas femininas é maior do que as vendas de roupas masculinas.




Numa sociedade igualitária talvez, em que a atenção à indumentária feminina seja a mesma dada à masculina, o salário destas duas “belezuras” não seria tão discrepante.
Claro que o bloomerismo, entre outros períodos que caracterizaram a emancipação da mulher, foi decisivo para a busca da libertação feminina na moda e um ponto de resistência contra a sua condição subordinada ao homem na sociedade, mas isso é assunto para outra conversa.




REFERÊNCIAS
[1] MACKENZIE, Mairi. Ismos, para entender a moda. Editora Globo.
[2] SVENDSEN, Lars. Moda, uma filosofia. 2010. Rio de Janeiro. Editora Zahar
[3] ROCHA-COUTINHO, Maria Lucia. Tecendo por trás dos Panos, a mulher brasileira nas relações familiares. 1994. Rio de Janeiro. Editora Rocco.
[4] FOGG, Marnie. Tudo sobre moda. 2013. Rio de Janeiro. Editora Sextante

Palavra Cantada faz show de Carnaval em Paulínia

Única apresentação vai ocorrer no dia 28/02, no Theatro Municipal. Os ingressos estão sendo vendidos a preços promocionais, pelos valores de meia-entrada, até dia 26


A Palavra Cantada, dupla formada pelos artistas Paulo Tatit e Sandra Peres, realiza seu tradicional show de Carnaval em Paulínia, no sábado, dia 28 de fevereiro, no Theatro Municipal. Os ingressos estão sendo vendidos a preços promocionais, pelos valores de meia-entrada, até dia 26.



No show, Paulo Tatit e Sandra Peres promovem um grande baile de Carnaval, apresentando canções novas e antigas para as crianças, com direito aos sucessos da dupla, como “Sopa”, “Criança não Trabalha” e “Pé com Pé”, além de músicas do CD de Carnaval “Pirata e Princesa”, “Duelo de Mágicos” e “Só quero a Mamãe e o Papai”. A percussão e os arranjos dos ritmos brasileiros prendem a atenção da criançada, que cantam junto cada verso das canções. O convite é para que o público vá fantasiado e leve confete e serpentina para dançar na pista.



O show "Carnaval Palavra Cantada" estreou em 2008 e desde então anima o público nos dias da folia e também fora deles, em várias cidades do Brasil, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, entre outros locais.

Serviço:

Show: "Carnaval Palavra Cantada"

Local: Theatro Municipal. Av. José Lozano Araújo, 1551, Parque Brasil 500 - Paulínia. (19) 3933-2140

Data: 28 de fevereiro

Horário: 16h

Ingressos: plateia baixa e camarotes – R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia); plateia alta e balcão lateral térreo e 2º nível – R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia); balcão lateral 3º nível – R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia); mezanino – R$ 150 (inteira) e R$ 75 (meia). Para compras antecipadas até 26/02, os ingressos estão com preços promocionais e podem ser adquiridos pelos valores de meia-entrada

Vendas: bilheteria (sem taxa de conveniência) - de segunda a sábado, das 13h às 19h ou pelo site:www.ingressorapido.com.br

Pontos de venda (sujeitos a taxa de conveniência):

Campinas

Varandas Shopping Griffe de Viagens. Avenida José de Souza Campos, 929, loja 16 (Norte Sul) - Cambuí

Uva e Verde Presentes. Campinas Shopping - Rua Jacy Teixeira de Camargo, 940 LUC.408 - Jardim do Lago

Oficina do Estudante. Avenida Brasil, 601, Jd. Guanabara

Fnac - Campinas. Parque D. Pedro Shopping. Avenida Guilherme Campos, 500 Loja A-017 - Jardim Sta. Genebra

Atibaia

Atibaia Turismo. Rua Bartolomeu de Andrade Silva, 550, Jardim Alvinópolis

Mogi Mirim

Viva Turismo. Avenida Brasil, 424, Centro


Do vinil para as telas - Faroeste Caboclo

O filme Faroeste Caboclo, dirigido por René Sampaio, foi selecionado para o Festival de Cinema de Toronto, anunciou nesta terça-feira a organização do evento. O diretor, além do ator Fabricio Boliveira e da produtora Bianca de Felippes, estarão presentes ao festival, que acontece entre os dias 5 e 15 de setembro. O filme, que está em cartaz há doze semanas, já foi visto por 1,5 milhão de pessoas.


Além de Faroeste Cabloco, outro filme brasileiro, O Lobo atrás da Porta, de Fernando Coimbra, foi selecionado para a mostra de cinema mundial do festival. O longa conta a história de uma criança sequestrada, crime cuja principal suspeita é a amante do pai. Fazem parte do elenco Leandra Leal e Milhem Cortaz.Inspirado na música de mesmo nome escrita por Renato Russo, do Legão Urbana, o filme conta a história de João de Santo Cristo (Boliveira), desde a sua infância, no interior da Bahia, até chegar a Brasília. Ajudado por Pablo (Cesar Troncoso), um primo distante que vende drogas da Bolívia, ele vai trabalhar numa carpintaria, mas se envolve com o tráfico de drogas. Um dia, conhece Maria Lúcia (Isis Valverde), filha de um senador (Marcos Paulo), por quem se apaixona. João mergulha cada vez mais no crime e na violência até encontrar seu inimigo, o traficante Jeremias (Felipe Abib).



Viúva de Cássia Eller pediu que filme abordasse drogas e casos, diz diretor

Natalia Engler
Uma Cássia Eller tímida e insegura, mas muito amada por amigos e pessoas próximas. É essa a imagem da cantora mostrada no documentário "Cássia", de Paulo Henrique Fontenelle, que teve a sua primeira exibição na noite desta segunda (6), no Festival do Rio.
Com um material de arquivo muito rico, que recupera desde as primeiras apresentações da cantora, quando ainda morava em Brasília, até filmes caseiros mostrando a vida familiar, o documentário é marcado pela emoção, presente na fala de cada um dos que conviveram com ela --em especial sua ex-companheira, Maria Eugênia, e os músicos Zélia Duncan e Nando Reis.



Ela [Maria Eugênia] sentiu confiança na gente e falou que a única coisa que queria era que o filme fosse honesto e mostrasse todos os lados da Cássia mesmo, a face das drogas, dos casos, de tudo Paulo Henrique Fontenelle, cineasta

O filme de Fontenelle também não se furta a abordar questões mais delicadas, como as drogas, as relações extraconjugais, o sensacionalismo em torno de uma suposta overdose que teria causado a morte de Cássia (o que foi desmentido depois por laudos), e a disputa pela guarda de Chicão, filho da cantora, que ela sempre expressou que queria que fosse criado por Eugênia.
"Ela [Eugênia] sentiu confiança na gente e falou que a única coisa que queria era que o filme fosse honesto e mostrasse todos os lados da Cássia mesmo, a face das drogas, dos casos, de tudo", contou o diretor ao UOL, logo após a exibição, que teve a presença de Maria Eugênia, Chicão, da mãe e da irmã e de Cássia, de Zélia Duncan e de outros músicos que trabalharam com a cantora. Leia a entrevista a seguir.
UOL - De onde veio a vontade de retratar a Cássia Eller?
Paulo Henrique Fontenelle - A Cássia era uma pessoa que fez parte da vida de tanta gente, da minha também. Eu passei a minha adolescência ouvindo Cássia Eller. E até hoje toca música da Cássia na rádio todo dia. As pessoas cantam até hoje. Foi uma pessoa que mudou a vida de tanta gente, mas nunca conheceram quem foi realmente a Cássia Eller. Conhecia no palco, conhecia as músicas, mas não conhecia a alma dela. E eu fiquei impressionado de ver que nunca foi feito nada em relação a ela, teve só um livro, mas não teve nenhum filme, nenhum documentário, nenhum programa de televisão, não teve nada. E eu senti a vontade de contar quem foi essa pessoa que influenciou tanta gente, mas que pouca gente conhece.
O documentário tem material de arquivo muito rico. Como você teve acesso a isso?
Foi um trabalho de pesquisa bem intenso, demorou cerca de quatro anos. A gente recolheu de todos os amigos dela, muita gente que tinha gravado na época, amigos que filmaram shows, amigos que fizeram fotos. Então, a gente foi percorrendo todas as televisões, todos os amigos que pudessem trazer esse painel mais completo dela.
Aparentemente, a Maria Eugênia e toda a família da Cássia foram muito receptivos. Como foi a aproximação e a relação com eles?
Quando eu tive a ideia, a primeira coisa que eu fiz foi mandar um e-mail para a Eugênia, para conversar com ela. Demorou um pouco para ela responder, mas, de repente, respondeu. Chegou um e-mail que dizia: "A princípio, não tenho vontade porque muita gente já nos procurou, mas a gente queria que fosse uma coisa feita com respeito. Mas, como o Chicão viu 'Loki' [filme anterior de Paulo, sobre a vida do ex-mutante Arnaldo Baptista] e adorou, então a gente queria conversar com você". E no nosso primeiro encontro nos entendemos muito bem, ela sentiu confiança na gente e falou que a única coisa que queria era que o filme fosse honesto e mostrasse todos os lados da Cássia mesmo, a face das drogas, dos casos, de tudo. Para que as pessoas tivessem noção de quem foi a Cássia Eller de verdade. Ela deu total liberdade para a gente poder fazer o que quisesse.
É um filme que tem muita emoção, nas entrevistas de arquivo dela e principalmente dos amigos e pessoas próximas. Foi difícil manter um distanciamento? Você e a equipe se emocionaram junto?
Foi um trabalho intenso, de muita emoção. Primeiro, mexendo em material de arquivo dela, o que foi uma coisa muito emocionante. Eu peguei várias imagens dela mesmo filmando e falando, conversando, rindo. E eu praticamente conversava com ela toda noite ouvindo aquele material. Depois, entrevistar todas as pessoas que conviveram com ela foi sempre emocionante. A gente foi cada dia se envolvendo mais com a história, e, no final, a cada entrevista que acabava, a equipe inteira chorava.
Nesse processo todo, qual foi a maior surpresa que você teve?
Primeiro, a simplicidade dela, a ingenuidade e o fato de ela viver apenas para a arte. Uma pessoa que estava pouco se lixando para o sucesso. Ela preferia até tocar para dez pessoas do que para 100 mil. Então, era uma pessoa que tinha a música e a arte dela em primeiro lugar. Que é um artista de verdade. Não poderia fazer outra coisa a não ser cantar. E esse carinho que todo o mundo tem por ela. A gente não conseguiu entrevistar ninguém que pudesse falar mal dela. Até as pisadas de bola dela, as pessoas veem como um causo, uma coisa divertida. Até o empresário, que era enganado por ela o tempo todo, de quem ela fugia. Era sempre emocionante descobrir cada faceta dela. Foi uma jornada muito emocionante, que mudou a minha vida e a de todo o mundo que trabalhou nesse filme.
Depois de passar esses quatro anos mergulhado no universo de Cássia Eller, o que você acha que fez dela uma figura tão marcante?
Eu acho que principalmente a liberdade que ela tinha e a sinceridade. Acho que ela não fazia nada que fosse marketing. Tudo que ela queria fazer era sincero, tanto nas relações quanto na música, na amizade. Eu acho que a sinceridade é algo que inspira, que todo o mundo deveria seguir.

Museu do Café




Museu do Café

ENDEREÇO
Av. Heitor Penteado, 2145 – Taquaral


HORÁRIO

De Terça à Sexta, das 10:00 às 17:00h
Aos Sábados, Domingos e Feriados, das 13:00 às 17:00h
agendamento: De Segunda a Sexta, das 9:00 às 16:00h, pelo telefone (19) 32961104


INFORMAÇÕES

TELEFONE: (19) 32961104
E-mail: museudocafe@campinas.sp.gov.br

O pretinho Básico

Um vestido preto sugere sofisticação, poder e sensualidade. Um verdadeiro curinga no armário das mulheres, ele é tão básico que combina com praticamente tudo, o que lhe permite ser usado durante o dia com tênis, mochila e acessórios coloridos, ou à noite, numa produção mais elaborada.

O surgimento do que hoje chamamos de "pretinho básico" data de 1926, ano em que a revista "Vogue" publicou uma ilustração do vestido criado por Chanel - o primeiro entre vários que a estilista iria criar ao longo de sua carreira.


Antes dos anos 20, as jovens não podiam usar preto e as senhoras o vestiam apenas no período de luto.

A década de 30 começou com a grande depressão, resultado da quebra da Bolsa de Valores de Nova York, e terminou com a 2ª Grande Guerra. Além de estar fora de moda a ostentação, as mulheres estavam saindo para trabalhar fora de casa. Nesse cenário, as roupas para o dia tornaram-se mais sérias e o vestido preto se mostrou perfeito para a nova mulher que surgia.

Apenas em 1947 o vestido preto se transformou, ano em que o estilista francês Christian Dior lançou o seu New Look, um novo estilo de roupas, com cinturas apertadas e quadris avantajados, valorizando as formas femininas. O uniforme dos anos 50, que se espalhou pelo mundo, era um vestido preto, com golas e luvas brancas, usado com um colar de pérolas, sapatos coloridos e uma estola de pele. Acabou assim, junto com a guerra, o modo simples e econômico de se vestir.

O pretinho tornou-se realmente famoso nos anos 60 e início dos 70. Chique, usado por Jacqueline Kennedy, elegante e feminino no corpo de Audrey Hepburn, no filme"Bonequinha de Luxo", de 1961, cujo figurino foi criado pelo estilista francês Hubert Givenchy, e descontraído, feito de crochê, na pele da atriz Jane Birkin, em 1969.

Após a moda psicodélica da década de 70, a cor voltou para disputar poder com os homens, nos anos 80. Preocupadas com o sucesso profissional, as mulheres precisavam de uma roupa simples e elegante, que fosse a todos os lugares. Mais uma vez, o vestido preto se tornou a melhor opção.

Nos anos 90 ele continuou sendo uma peça básica do guarda-roupa feminino, feito com os mais diversos tecidos, do modelo mais simples ao mais sofisticado, usado em todas as ocasiões e em todos os horários. Por tudo isso o vestido preto se tornou o grande clássico do guarda-roupa feminino, aquele que garante as duas características básicas ao mesmo tempo - simplicidade e elegância.

Até o dia  22 de fevereiro,  a Pinacoteca de São Paulo presenteia o público com as esculturas hiper-realistas do artista australiano Ron Mueck. A exposição fica em cartaz iniciou em novembro, com ingressos até R$ 6; às quintas, depois das 17h, e aos sábados, a entrada é totalmente

Um dos artistas mais comentados no mundo, cujas obras já foram insistentemente curtidas e compartilhadas em redes sociais e admiradas por quem pôde vê-las ao vivo, Mueck apresenta ao público paulistano as nove esculturas que já foram vistas por 230 mil pessoas no MAM do Rio de Janeiro.
A origem de seu trabalho remete ao fantástico universo do cinema, o que talvez justifique o imediato fascínio que suas obras conseguem atingir nos mais diferentes nichos da cultura pós-moderna. Fabricando marionetas e bonecos para a televisão e para o cinema, ele reuniu técnicas para iniciar suas reproduções hiper-realistas que beiram a perfeição de fisionomias humanas.
Quem for à Pinacoteca provavelmente se impressionará com a riqueza de detalhes. Veias, unhas, músculos, suor, poros... nada fica de fora. A obra "Mask II", autorretrato de 2002 e uma de suas mais conhecidas esculturas, é capaz de fixar o espectador por horas. De acordo com Anthony d'Offay, especialista em arte, que trabalha com o artista há 18 anos, o autorretrato não à toa remete à figura de Mueck durante o sono.
Ele explica que, enquanto dorme, Ron Mueck sonha com muitos personagens que, mais tarde, tornam-se esculturas, como é o caso da "Man In a Boat" (Homem em um Barco, 2002), uma das peças que integram a exposição. "Ele sempre se inspira em alguém que conheceu pessoalmente - seja um amigo próximo ou uma pessoa que tenha lhe chamado a atenção na rua, por exemplo - ou em sonho", conta d'Offay.
Além das esculturas, a mostra exibe ainda o documentário "Still Life: Ron Mueck At Work" (2011-2013), de Gautier Deblonde, que apresenta o artista trabalhando em seu ateliê e mostra o trabalho que ele faz com as mãos, sem auxílio de computadores.

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